1.10.15

LITTLE WHITE LIES :PATTINSON,INTERPRETANDO DENNIS STOCK É APARENTEMENTE O FOCO DE LIFE

Life film still


Robert Pattinson como o fotógrafo da Life, Dennis Stock, é aparentemente o real foco de Anton Corbjin na cinebiografia de James Dean.


Life é a história de dois homens que perseguem seus chamados artísticos individuais contra o grão de normas da indústria. Ambos, Dennis Stock e James Dean morreram como nomes brilhantes do fotojornalismo e da atuação. Mas em 1955, quando o filme é ambientado, isto não tinha sido estabelecido.

"O que você vê nele?", pergunta agente de Dennis (Joel Edgerton). Este drama ocorre durante o período de preparação da estréia de East of Eden, o filme que transformaria Dean em estrela principal. A Warner Brothers estava preocupada em lançar Dean em Rebel Without a Cause, temendo que as suas peculiaridades e honestidade fossem inadequadas para uma estrela modelo do estúdio.

"É um constrangimento, é algo puro", é o que Dennis (Robert Pattinson) vê em Jimmy (Dane DeHaan). Ele está morrendo de vontade de fugir da agitação do tapete vermelho. Em Dean, está o material em potencial para a promoção para o seu campo desejado, a fotografia cultural. Assim começa o negócio escorregadio de convencer o evasivo mas desarmado garoto de Fairmount, Indiana. O apático garoto da fazenda, tocador de conga, Jimmy, quer um amigo, não um fotógrafo. Ele vai convidar Dennis para ir ao jazz e a Benzedrina, descartando a questão de compromissos profissionais.

Corbijn usa suas motivações - bem como seus confrontos - para transmitir a dança que acontece entre as relações de mídia de talentos. Às vezes, o filme tem uma exploração jitterbugs*, em outros são valsas em harmonia. Dennis tem uma crescente impaciência por causa da aproximação do prazo final. Jimmy é irritante, intencionalmente ou não. DeHaan acelera o discurso rítmico de Dean, evocando um auto consciente desempenho de poeta incumbido de uma leitura de Ginsberg. Seu rosto angelical está a mundos de distância do grande rosto considerável da história. Maneirismos estudados o transformam maravilhosamente com sinceridade, mas suas atribuições são vãs.

Dennis é o seu oposto. Ele é curto e mínimo, parecendo muito controlado, profissional pontual. O desempenho de Pattinson é tão conciso quanto a camisa branca e preta que seu personagem sempre usa, camuflagem para problemas que acrescentam profundidade ao filme.

Em sua estreia em 2007, Control, Corbijn sonda suas raízes como um fotógrafo para criar um monocromático decadente. Em Life, quadros compostos mostram uma recriação tátil dos anos 50 na América. Carros antigos, lojas pintadas a mão e teatros que orgulhosamente anunciam Cinemascópio*, são evocativas, mas não tão ostensivamente. O ar carrega uma frieza sazonal que empresta as imagens uma elegância gelada. Muitas cenas apresentam homens falando em velhos telefones de madeira.

O plano de fundo social é tão cuidadosamente forjado. Em outro filme, o nervoso chefe do estúdio  Ben Kingsley, Jack Warner, seria The Other Man de Jimmy Dean e a disputa seria entre a independência versus o estúdio, Saving Mr. Banks,amostra. Em vez disso, Kingsley   (ball-busts?)apenas o suficiente para dar a Jimmy mais seriedade,não conformidade, mas a câmera é treinada conforme o homem por trás da câmera, Dennis Stock. Life continua, Pattinson intensifica, permitindo que mais das entranhas de seu personagem venha à tona. O ritmo pega e no terceiro ato há uma dramatização convincente de uma aliança artisticamente e moralmente fascinante.

*jitterbugs: é um tipo de dança popularizada nos Estados Unidos e está associada com vários tipos de danças agitadas.

* Cinemascópio: Novo processo de filmagem em que o filme é projetado em tela mais ampla (tela panorâmica) e acompanhado pelo som estereofônico.

*Benzedrina: Anfetamina.



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