Desafiando a moda atual de avisos de spoiler , o primeiro filme de Brady Corbet como diretor deixa claro seu intuito em seu título - que é tomado de uma história curta de Jean -Paul Sartre de 1939 , embora o script (que Corbet co escreveu com Mona Fastvold ) baseia-se em muitas outras fontes - Robert Graves (I, Claudius ) e Hannah Arendt ( As origens do Totalitarismo ) estão entre aqueles creditados. Com seus capítulos precisamente intitulados ( " A primeira birra ' , etc) e prenunciando conversas sobre o rearranjo da Europa pós-guerra , é simples dizer onde essa história vai chegar - embora ainda seja capaz de causar surpresas. Mesmo os créditos prendem : Blocos de nomes que não perduram na tela .
Visto pela primeira vez , literalmente, como um anjo ( no traje para um coral de Natal ) , o jovem s ser líder - cujo nome do personagem é retido até o clímax , sugerindo uma identidade fundida debaixo de uma pedra - é um jovem andrógino que é constantemente confundido com uma menina, mas resiste a cortar seu cabelo,mantendo-o comprido. Tom Sweet com 10 anos de idade é extraordinariamente credível como uma criança perturbada que é inteligente o bastante para manter a calma e traçar suas vinganças . Como adultos remotamente agitados com detalhes do Tratado de Versalhes em quartos escuros , o menino ferve - usando psicologia reversa em sua mãe neurótica como por exemplo ele se comporta mal ,e vai para seu quarto e aprender suas lições .
Quando seu pai fica furioso porque uma criança pequena , de alguma forma comece a governar a sua casa , ele derruba a porta e inflige o castigo físico . O menino exagera o prejuízo resultante para solidificar sua posição como um mártir , antes de cometer um violento ato público monstruoso, que abala a própria história ( representado por cambalhotas vertiginosas da câmera e uma música terrível de Scott Walker ) .
Enquanto a mentalidade de maior parte do filme é meticulosamente histórica, com os diplomatas reais envolvidos no tratado mencionado, a coda( estilo de música) acontece em uma linha de tempo alternativa, onde há espaço entre os homens fortes do século 20 para o histórico 'Prescott, o bastardo ", que governa um país não especificado (a Freedonia de sopa de pato,da América de Sinclair Lewis, It Can’t Happen Here, a Oceania de George Orwell Nineteen Eighty-Four?). O fato de que Robert Pattinson tem um duplo papel - em primeiro lugar, como um jornalista amigo dos pais do jovem rapaz, e mais tarde como o, líder adulto com olhos de neon, careca, ele mesmo - sugere que Prescott pode ser um bastardo, literalmente, bem como figurativamente.
Os específicos delitos do jovem Prescott (atirando pedras em fiéis) são tirados da infância de Mussolini, mas as bandeiras imaginárias e os símbolos do alucinatório são o final de qualquer ditador. Na verdade, os gostos de Hitler, Stalin, Mussolini e Franco foram moldados pelos climas políticos e sociais do final do século 19, por meio da Primeira Guerra Mundial; Prescott é mais jovem, embora ele nade na mesma piscina.
Não é banalizar o cheio de nuances e sério The Childhood Of A Leader dizer que ele iria trabalhar bem como um prequel* para um filme do Quarteto Fantástico que incidiu sobre o caráter ditador de Latverian Dr. Destino. Vários filmes recentes têm tocado nos primeiros anos de sociopatas - The Boy(O garoto sombrio) de Craig William MacNeill ,I Am Not a Serial Killer, de Billy O'Brien - mas isso leva as coisas ainda mais a se concentrar em um mal-estar que está previsto para ter um impacto, talvez, em uma escala global, um assunto pertinente em uma época em que os estados nação de todas as faixas estão flertando com a ideia de elevar egoístas patológicos para o mais alto cargo.
Logo no início, a criança Prescott sonha com seu futuro - marcados pela Alemanha Oriental em estilo elevado religioso e da ausência perturbadora de sua mãe - e Corbet e Fastvold parecem fazer uma brincadeira baseada em The Omen, em que o Anticristo é criado em uma família diplomática e também e também joga uma venerável babá contra uma frágil e condenada mãe. Quando descartadas, Mona a governanta promete a mãe de Prescott que ela vai dedicar cada hora de vigília "para destruir a sua família".
O detalhe descartável que a mãe multilíngue (Bérénice Bejo - substituindo a originalmente escalada Juliette Binoche) é de Estrasburgo, uma cidade prestes a ser cedida pela Alemanha para a França no tratado que seu marido está trabalhando, sugere o quão de longe ela é uma vítima da história . Ela, pessoalmente, foi anexada pelos Estados Unidos, na pessoa do idiota brutal,interpretado ferozmente por Liam Cunningham, mantendo sentimentos pela a Europa, personificado por Robert Pattinson. E antes Prescott pode exibir em seu curso a grandeza que ele tem de atacar a ela - um Hamlet infantil, ou talvez Norman Bates com uma agenda política.
Como ator, Corbet apareceu em Funny Games US (2007) - e sua destacada forma, de olhos claros é claramente influenciada por Michael Haneke, com um aceno especial para The White Ribbon (2009). Ele também estrelou e co escreveu Simon Killer, de Antonio Campos , um outro estudo de uma criança mimada em caminho para o assassinato.
Mas isso é mais do que um jogo de imitação. Há um frio distintivo à forma como o filme capta caprichos infantis e os segue a medida em que eles se tornam obsessões. O menino toca o peito da condescendente governanta Mona e, em seguida, se fixa (em um close longo) no mamilo,visível através de uma blusa fina, da Ada, sua jovem tutora. Ele cantarola um trecho da Sétima de Beethoven (muitas vezes uma música tema para megalomania, como coincidentemente em X-Men: Apocalypse),toma uma lição de uma fábula, sobre um leão e um rato, que choca adultos (mais tarde, a cabeça do leão torna-se o símbolo de sua tirania), e ele fala suavemente (em duas línguas), apenas rosnando "sim" ou "não" para os adultos que já está determinado a derrubar. Algo está errado nesta casa, neste continente, neste século - e ainda é inevitável.
Os atores adultos são todos excelentes, embora necessário para ser lacaios para Sweet. Leva três pais, vários criados, uma guerra mundial, uma igreja corrupta (Prescott grita "eu não acredito em orar mais" como um mantra) para dar forma a este monstro. As falhas destes adultos e suas instituições criam o vácuo que permite a sua eventual ascensão. Esta pode ser a história da infância de um líder, mas temos de olhar para os adultos que não conseguem explicar ou resolver qualquer coisa - de um menu de jantar para uma paz justa - para um esboço da abdicação do conjunto de responsabilidade que pode fazer muitas pessoas quererem ser lideradas por um maníaco perigoso. Esta é também a história daqueles que serão conduzidos.
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