StripPedd
Ele é um deus do sexo estrela de cinema.
Ela é uma virgem ... E um Stripped!
Obs: Aviso legal
Alguns dos personagens encontrados nesta história e ou universo em que se passa, não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual, sendo vedada a utilização por outros autores sem minha prévia autorização. História sem fins lucrativos criada de fã e para fã sem comprometer a obra original.
Notas da Autora:
Essa fanfic é junção de duas História os personagens da Saga Twilight e a história de Jasinda Wilde, Stripped , Tituli Original: Stripped que dá titulo a fanfic adaptada de mesmo nome.
“Um amigo é como um bom sutiã:
Difícil de encontrar, confortável, solidário,
sempre te levanta, faz você parecer melhor, nunca
deixa você para baixo ou pendurado, e sempre está
perto de seu coração.”
— Autor desconhecido.
Capitulo
01
— Não, minha filha não se vai envolver com
qualquer comportamento lascivo e pecador como a dança, — Papai me diz, seus
olhos castanho brilhando. — É nojento e obsceno e totalmente sexual. Eu vi o
tipo de dança que aquelas... Aquelas prostitutas se envolvem, e que chamam de
academia. Você não vai participar.
Eu fechei meus olhos e contive a vontade de gritar
e bater o pé. Tenho dezesseis anos e já sou grandinha. Bater o meu pé não me
faz parecer uma adulta. Pelo menos, é o que minha mãe me contou. — Papai, por
favor. Por favor. Eu não vou fazer nada disso. Vou ser discreta, eu prometo.
Você pode ver cada dança, cada equipamento. Só... por favor. Favor, por favor,
deixe-me dançar. — Eu fecho minhas mãos na minha frente e as mergulho na altura
dos joelhos, dando-lhe os meus melhores olhos de cachorrinho.
Ele está oscilando. Eu posso sentir isso nele. — Bella,
eu não aprovo a dança. Deus não aprova a dança.
Minha mãe vem para o meu resgate: — Charlie, você
sabe que não é isso o que as Escrituras dizem. Você está apenas sendo um velho dinossauro
rabugento, Davi dançou diante do Senhor. Os Salmos mencionam danças para honrar
o Senhor em várias passagens... — Ela desliza para o lado e pressiona o braço
de meu pai, descansando a mão sobre seu ombro. — A nossa filha sabe diferenciar
o certo do errado, e você sabe disso. Ela só quer trazer glória a Deus usando
os talentos que Ele lhe deu.
— Por favor, papai. Eu não vou permitir qualquer
coreografia vulgar ou sexual. — mal posso respirar a partir do peso que queima
de esperança no meu peito.
Ele olha de mim para minha mãe e para trás. Posso
vê-lo mastigando-o em sua cabeça. — Eu vou permitir isso... Por agora. Mas, ao
primeiro sinal de qualquer coisa pecaminosa ou ímpia, vou retirá-la de lá tão
rápido que você não vai ter tempo para sua cabeça girar. Você me ouve, criança?
Eu o abraço, e grito de alegria. — Obrigada,
obrigada, obrigada!
— Não me decepcione, Bella. Você é a filha de um
pastor. Você tem que dar um exemplo adequado para toda a comunidade.
— Eu vou, papai. Eu vou ser o melhor exemplo.
Prometo, eu prometo. — giro longe dele e danço alguns passos que fluem, em
seguida, estabeleço um arabesco, e eu seguro por um momento. Eu me viro de
costas para ele. — Vêem? Nada de errado com isso, não é?
Ele só aperta os olhos para mim. — Eu tenho que
terminar de preparar o sermão de domingo.
Papai é o fundador, executivo e pastor da Igreja
Contemporânea Btista de Macon, uma das maiores igrejas em todo o estado da Geórgia.
Vovô Geoffrey foi um dos melhores pregadores de uma pequena igreja batista
reformada no sertão da Geórgia, então papai cresceu como filho de um pastor,
foi preparado para sucedê-lo toda a sua vida. Vovô era ainda mais rigoroso do
que o papai, tão impossível quanto parece. Ele nem sequer me aprova vestindo
calças ou shorts, assim como uma criança, mas meu pai me deixa usar, contanto
que os shorts não sejam muito curtos ou as calças muito apertadas. Para vovô,
as mulheres deveriam ficar na cozinha, usar vestidos, e eram vistas e não
ouvidas. Ele é um pouco como um fóssil, meu avô. Ele nunca aprovou o fato de
que o meu pai ensinava uma mais moderna e contemporânea teologia Presbiteriana.
Eu estive dançando em segredo desde que tinha
quinze anos, assisti a vídeos na internet para aprender, vendo So You Think You Can Dance‘ no meu laptop
e tentando imitar a coreografia. Minha mãe me ajudou um pouco no ano passado,
levando-me para dançar em aulas nas manhãs de sábado, dizendo a papai que estávamos fazendo a manicure e pedicure. Ele não aprovava
manicure ou pedicure tanto quanto outras coisas, mas tinha dificuldade em dizer
não para mim e mamãe, então ele nos deixava ir. Ele não precisava saber sobre
as aulas de dança secretas, enquanto minha mãe estivesse me levando. Claro,
mamãe e eu realmente íamos à manicure e pedicure após a dança, mas isso não vem
ao caso .
Eu sorri para o papai e danço fora de sua visão.
Minha mãe está me esperando na cozinha. — Pronto, Bella.
Agora você pode dançar tanto quanto quiser e não se preocupar com qualquer uma
de nós ficar em apuros.
Eu abraço minha mãe e dou-lhe um beijo na testa. —
Obrigada, mãe. Eu sei que você não gostava de mentir para o papai...
Ela me olha, me silencia com um dedo sobre os
lábios. — Eu nunca menti. Nem uma vez. Ele perguntou se íamos fazer nossas
unhas, e isso nós fizemos. Se ele não perguntou onde mais fomos, não estava
mentindo. Se ele me perguntasse diretamente se eu a levava para aulas de dança,
eu teria dito a ele. Você sabe disso.
Eu não discuto com ela, e vou para o meu quarto
mandar um e-mail a Sra. Zafrina dizendo que eu posso juntar-me oficialmente a
trupe, eu me pergunto sobre as evasões de minha mãe. Não era mentira por
omissão, não dizer ao papai o que estávamos fazendo? Ele não nos deixaria ir,
se soubesse. Se ele descobrir agora, eu nunca vou ter a possibilidade de sair
do meu quarto novamente. Eu não sei que tipo de problema uma esposa poderia
entrar, mas sei que papai iria ficar com raiva de mãe por sua cumplicidade.
Eu olho através dos vídeos que a Sra. Zafrina
carregou no site desde a semana passada. Ela leva uma câmera de vídeo durante
todas as aulas, e então, no final do dia, faz o upload do conteúdo no seu site.
Ou melhor, ela tem sua filha, Senna, para fazê-lo. Se nós não vamos para a
aula, Catherine e Sra. Zafrina postam o vídeo do dia e cortam a maior parte
dele, deixando em pedaços, que é supostamente para nos ensinar algo. Ninguém
sabe disso, mas a Sra. Zafrina começou esta prática principalmente por minha
causa.
Viu algum tipo de potencial em mim na primeira
aula que eu participei no início deste ano. Ela amava o jeito que eu dançava e
aplaudia o fato de que tudo que eu fazia, tinha aprendido sozinha. Ela me deu
uma bolsa de estudos para que eu pudesse participar de forma gratuita. Como eu
não podia assistir tantas aulas como todos os outros fizeram, ela começou a
gravar as aulas, ensaios e práticas do grupo para que eu pudesse acompanhar.
Outros estudantes começaram a observá-los e isso acabou sendo bom para todas.
Quando a primeira aula de grupo no meio da semana
acontecesse naquela quarta-feira, eu já teria praticado toda a coreografia, bem
como a parte do solo que eu estava trabalhando. Papai tinha me visto praticar
no porão, sentado na escada com os dedos apertados no corrimão, os olhos
seguindo cada movimento meu. Foi estressante, honestamente. Ele estava me
olhando só para ver se eu fracassava, para ver se isso era obsceno, ou se a
extensão da perna exposta era impróprio ou sensual demais para mim.
Na quarta-feira depois da escola, o treino é
dividido em duas partes, 45 minutos cada. A primeira parte é o grupo da
coreografia, passando por cima da peça com onze meninas que a Sra. Z projetou,
certificando-se que cada um de nós conhecesse nossos movimentos individuais e
que toda a peça fluísse adequadamente. A segunda parte é a instrução, onde a
Sra. L nos ensina um novo movimento ou técnica, demonstrando e fazendo com que
cada um de nós experimentasse na frente da classe. Ela corrige, se necessário.
Eu estou lutando um pouco com o trabalho em grupo, já que eu nunca dancei em um
grupo antes de hoje. Eu continuo errando o *pas de chat no meio, perdendo uma
etapa e batendo em Angela, a garota ao meu lado.
Por fim, a Sra. L para o treino e me traz para a
frente, e todos os outros se alinham na barra ao longo de uma parede. — Isabella,
você está indo muito bem, minha querida, mas você precisa aprender essa parte.
Você pode fazer o *pas de chat perfeitamente sozinha, mas por alguma razão,
quando você faz com as outras meninas, você bagunça. Por que acha que isso
acontece?
Sra. Zafrina é uma mulher pequena, com 1,52m. De
altura, com cabelos grisalhos e olhos cinzentos pálidos definidos em seu belo
rosto. Ela é francesa, tendo se mudado para a Geórgia há vinte anos com o
marido, que morreu de repente, deixando-a com dívidas. Ela abriu um estúdio de
dança com o último de seu dinheiro e abriu caminho para a prosperidade, uma
lição de cada vez. Eu já a vi dançar antes, e ela não é um daqueles professores
que não podem fazer o que eles ensinam. Sra. Zafrina pode te fazer chorar com
uma rotina de dois minutos. Como professora, ela é ardente, feroz e exigente,
mas justa e compassiva em todas as coisas. Ela nunca te critica, mas ela espera
que você faça o seu melhor e se recusa a te deixar fugir com menos. Eu a amo
muito.
Fico na frente da classe e considero a questão da
Sra. Zafrina. — Eu nunca tinha dançado em um grupo antes.
— É o mesmo que dançar sozinha, minha querida.
Você deve apenas ser mais consciente das pessoas ao seu redor. Este *pas de
chat é simples. Brincadeira de criança. Você é talentosa o suficiente para não
ter nenhum problema. Tente novamente sozinha, por favor. — Ela faz um gesto com
a mão para eu fazer o movimento.
Eu respiro fundo, me ponho no agachamento, que
leva para o *pas de chat. É um movimento de balé, desde que o treinamento Sra. Z
é principalmente ballet, embora o estúdio também se concentra em dança
contemporânea, jazz e moderno. Cada peça que ela coreografa tem uma tendência
para o balé, eu descobri, o que é bom para mim.
Eu amo a naturalidade fluindo do ballet, mesmo eu
não gostando da rigidez do mesmo. Eu danço para ser livre, para me expressar.
Faço uma série de passos e saltos, e eu sei como
acertá-los. Fazê-los sozinha nunca foi o problema.
— Muito bom, Isabella. Perfeito. Agora, Charlotte,
Lauren, Angela, tomem suas posições ao redor dela. Eeee... comecem. — Sra. Z
acena para nós quatro executarmos a parte da rotina juntos.
Eu passo os dois primeiros saltos sem problemas e,
desta vez, concentro toda a minha atenção em Charlotte à minha esquerda e Lauren
à minha direita, fazemos piruetas juntas e começamos a segunda série de saltos.
Angela está atrás de mim no início da série, mas acaba na minha frente depois
de uma pausa, reajustamos nossas linhas, piruetas, e saltamos novamente. Este
momento, a pirueta, é onde estou tendo problemas. Eu estou muito perto de Angela,
e meus braços batem contra o dela e nós giráramos em direções opostas, com Lisa
e Anna girando para o outro lado de nós em direções opostas. É uma sequência
bonita, ou pelo menos vai ser se eu conseguir acertar esse passo.
Não é tecnicamente uma pirueta, de acordo com a
definição do balé, uma vez que nossas mãos não estão arcadas em cúpula acima de
nossas cabeças, mas estão afastadas para criar uma espécie de efeito vórtice no
centro dos nossos quatro corpos. Se fosse uma pirueta de balé simples eu não
teria nenhum problema, pois meus braços estariam contidos dentro da esfera dos
meus cotovelos e joelhos, mas com os braços estendidos assim...
Sinto a ponta do meu antebraço esquerdo encostar
em Angela, e apesar de terminar a manobra, eu sei que estraguei tudo mais uma
vez.
— Está melhor, senhorita Swan, melhor. Mas agora
novamente. Desta vez... foco. Observe Angela. Suas mãos devem passar por cima
dela em cada rotação. Novamente, vai. — Sra. Zafrina aponta imperiosamente e dá
passos para trás.
Voltamos para a posição inicial, pulo, pulo,
pulo... pausa, conjunto, giro ...
Eu faço-o perfeitamente, sorrindo em exultação. A
próxima série de saltos flui naturalmente, e com algum sinal da Sra. Z, que eu
não vejo, as outras garotas se juntam a nós sem um sussurro de interrupção. O
resto da peça é fácil. Fazemos três vezes mais, e agora é suave como a seda
deveria ser.
O período de instrução é fácil. Aprendemos algumas
técnicas básicas de jazz. Depois que todos os movimentos ganham a satisfação da
Sra. Zafrina, ela nos libera. Ela me chama de lado, enquanto eu reúno minhas
coisas.
— Isabella, um momento?
Larguei minha bolsa e fui ficar na frente dela. —
Sim, senhora Zafrina?
Ela sorri para mim. — Você esteve bem hoje. Estou
orgulhosa de você.
— Obrigada.
— Como está seu solo?
Inclino a cabeça de lado, um movimento incerto. —
Muito bem, eu acho, — eu digo. — Estou presa perto do fim, apesar de tudo. Não
consigo fazer a transição suavemente de um lado para o outro.
— Mostre-me.
— Desde o início, ou ...?
Ela acena a mão dela. — Sim, sim. Desde o início.
Deixe-me vê-lo.
Eu chuto meu saco de roupas para a borda da sala
com o meu pé, e em seguida, tomo posição no centro da sala. Eu faria melhor com
a minha música tocando, mas não é assim que funciona com a Sra. Zfrina. Ela
espera que você saiba todos os passos e os movimentos de cor, com ou sem
música. Ela diz que a música deve adicionar alma e expressão para a peça, mas
não deve ser uma muleta.
Faço uma pausa por alguns momentos, afundando
nesse local em minha mente, onde eu posso chamar o ritmo e deixá-lo passar por
mim. Eu dobro os joelhos, estendo os braços para os lados, depois com as minhas
mãos faço um círculo, deslizo um pé para fora e coloco o meu peso no outro pé.
Minha perna estendida aumenta, meus braços à frente para me colocar em um
arabesco de pés chatos. Eu mantenho, levanto para os meus dedos, e em seguida
dobro na cintura e aponto meus dedos dos pés para o céu, deixando o momento me
puxar para um spin diagonal, cabeça-pés... cabeça-pés. No final de três
rotações, eu planto minhas mãos no chão e deixo a energia do giro me levar em
mais uma parada de mão. Meu pé cai lentamente, e eu arco minhas costas até que
estou fazendo a ponte, pés plantados, com as mãos plantadas, coluna arqueada,
cabeça entre os braços. Eu me abaixo até o chão e torço em meu estômago,
arrastando para frente, tentando expressar o desespero. Esta é uma peça que se
destina a falar da minha necessidade desesperada de liberdade, o meu senso de
confinamento. Partes da peça são selvagens e enérgicas, girando os braços
distantes, flutuando sobre o chão. Outras partes são contidas, membros juntos
ao corpo, deslizando pelo chão em passos de tropeço. Eu estou quase no final da
peça, chegando ao lugar onde minha coreografia está presa.
Estou no centro da sala, de pé, saindo de uma
pirueta, braços apertados contra o meu peito. Minhas mãos vão e empurram como
se houvesse um muro, uma barreira invisível a minha frente. A barreira cede de
repente e eu tombo para frente, tropeçando.
— Este é o lugar onde eu estou presa, — eu digo,
bufando para respirar no meio da pista de dança. — Originalmente, eu tinha a
intenção de cair para frente, mas acho que ele simplesmente não fica bom.
— Mostre-me o movimento original, por favor.
Eu faço a pirueta novamente, empurrando contra a
parede imaginária, tropeço deliberadamente para frente, e deixo cair para
frente. Eu me levanto e limpo o suor do meu lábio superior. — Viu? Isso... Não
ficou muito bom.
Sra. Zafrina balança a cabeça, coçando a nuca. —
Não, seus instintos estão corretos. Isso não está certo. — Ela me olha como se
estivesse vendo-me em movimento, embora eu não esteja. Eu posso dizer que ela
está trabalhando com a coreografia na cabeça dela. — Ah, já sei. Ao invés de
cair para frente, cambaleie, balance e gire no lugar, mas com equilíbrio. Algo
como isso, sim? — Ela demonstra o que ela quer que eu faça. — Através do resto
da peça, você está lutando contra as forças que prendem você, lutando para
encontrar o seu equilíbrio e sua liberdade. Então, aqui, no final, você deve
ser vitoriosa. Este é o propósito desta peça, certo? É uma expressão do seu
sentimento de aprisionamento. Vejo isso. Então, agora, você deve romper. A
parede dá forma. Então, quando você termina a pirueta, que está muito bem feita
por sinal, em vez de apenas empurrar contra ela, você age como se estivesse
demolindo-a. Esmagando e caindo contra ela. Deixe sua raiva sangrar através
disso. Você está se segurando no final, Isabella. Você está terminando isso
fracamente. Isso deve terminar com força. Você deve sentir o poder em si mesma,
certo? Este poderia ser um avanço. Não apenas em sua dança, mas na sua cabeça.
Em sua alma. Em si mesma. Bata contra a parede. Eu acho que entendo um pouco
das lutas em sua vida. Lutei contra elas também. Meu pai era muito exigente.
Ele me colocou no balé quando eu tinha apenas quatro anos de idade. Dancei
todos os dias por toda a minha vida. Tive poucos amigos e poucas atividades
sociais. Havia apenas o ballet. Só ballet. Então eu conheci Laurent. Ele me
envolveu. Ele era um dançarino, também. Ele era tão fluido, tão forte. Cada
coisa que ele fazia era bonito. Nós nos conhecemos em um vinhedo em le Midi.
Que eu não me lembro exatamente onde fica. Perto de Toulouse, talvez. — Ela
olha a meia distância, lembrando-se. Ela sacode a si mesma. — Não importa.
Entendo. Você deve se libertar, em si mesma. Nesta dança.
Ela acena a mão dela em um gesto que significa
novamente, mais um vez.
Eu corro através da parte de cima, e desta vez eu
penso em cada regra que tenho que seguir, cada um dos meus amigos da escola que
eu não posso ter, cada vez que me disseram que um par de jeans está muito
apertado, ou uma blusa também, que estou usando muita maquiagem. Todas as
expectativas sobre mim para ser uma perfeita garotinha do sul, a filha perfeita
do pastor, a garota que eles esperam que venha a se casar com um homem de Deus
que foi para o seminário, um homem jovem, chato, sem aspirações fora do púlpito
e do rebanho.
Eu coloco tudo isso na dança. Quando eu pulo, eu
atiro-me nisso. Quando giro no lugar, deixo todos os meus músculos me puxarem
para o giro com toda a minha energia. Quando eu rastejo pelo chão, eu arranho
as tábuas de madeira polida, como se estivesse implorando pela minha vida.
Quando eu começo a bater nas paredes que me cercam, eu vejo o rosto do meu pai,
ouço a sua voz e suas fortes críticas, e suas rigorosas formas ditatoriais,
exigindo a perfeição, eu giro e giro e giro para ele. Finalmente, eu sinto que
as paredes dão forma e tropeço para frente, giro no lugar, batendo, intencionalmente
fora de balanço, balançando, girando em torno do chão como se encontrasse a
alegria na dança espontânea de passos livres. Acabo de pé com a cabeça
pendurada, com as mãos soltas ao meu lado, arfando o peito com a falta de ar.
Eu olho para avaliar a reação da Sra. Zafrina. Ela
está encostada na parede, a mão cobrindo a boca, os olhos molhados.
— Perfeito, Isabella. Apenas... perfeito. Senti
tudo. Perfeito.
Seu olhar firme sobre meu ombro, e eu me viro para
ver minha mãe me assistindo da entrada. Seus olhos refletem suas emoções, e eu
sei que ela viu tudo. Eu sei que ela viu o que eu senti naquela dança.
Os cantos dos olhos estão apertados, a testa
enrugada. Dirijo-me para longe dela, de volta para a Sra. Zafrina.
— Você acha que foi bom? — pergunto.
Ela acena com a cabeça. — Acho que foi um exemplo
de seu potencial. Você pode ser uma magnífica dançarina, Isabella. Você deve
ser persistente e colocar todas as suas emoções em sua dança. Não se segure.
Eu me curvo para pegar minha bolsa, procurando uma
toalha. Uno-me a minha mãe na porta, enxugando o rosto com o algodão branco
áspero. Saímos e nenhuma de nós fala enquanto minha mãe nos leva através de
Macon para nossa casa nos subúrbios. Eu me viro para olhar para ela, confusa
por seu silêncio incomum. Normalmente ela é tagarela como uma gralha azul,
depois da aula de dança. Ela era uma dançarina, também, até que ela conheceu
papai e me teve. Ela gosta de falar sobre o que eu estou aprendendo, as várias
técnicas e tal. Falando muito, revivendo seus dias como uma dançarina. Agora,
porém, ela olhava pela janela e estava dirigindo com uma mão. A outra mão está
pressionada em sua testa. Seus olhos se estreitaram, seus traços apertados.
— Você está bem, mamãe? — Eu pergunto.
Ela me lança uma leve tentativa de um sorriso
tranquilizador. — Eu estou bem, querida. Só tenho uma dor de cabeça.
Eu dou de ombros e deixo que o silêncio se
arraste.
— A sua dança foi bonita, Bella. — Sua voz é
calma, como se falar muito alto poderia causar ainda mais dor.
— Obrigada, mãe.
— O que ela significa?
Eu não respondo imediatamente, eu não sei como. Eu
dou de ombros. — Só... às vezes eu me sinto presa...
Ela hesita neste momento. — Eu sei, querida. Ele
só quer o melhor para você.
— O melhor dele não é necessariamente o meu
melhor.
— Ele é o seu pai.
— Isso não significa que o que ele acha que é
certo para mim é sempre a única opção.
Minha mãe esfrega em sua testa novamente, em
seguida, estende a mão, sacudindo como se estivesse dormindo. — Eu não quero
entrar nessa agora, Bella. Ele é o seu pai. Ele te ama, e ele só está fazendo o
que ele acha que é certo. Você precisa ser respeitosa.
— Ele não é respeitoso comigo.
Ela me lança um olhar afiado de advertência. —
Não, Bella. — Ela estremece, e depois vira os olhos para a estrada, piscando
duro. — Meu Deus, esta é a pior, — ela murmura, mais para si do que para fora
ruidosamente.
— Pior? — Eu fico olhando para ela com
preocupação. — Você tem tido muitas dessas dores de cabeça?
— Aqui e ali. Nada muito ruim. Geralmente começam
na parte da manhã, e elas geralmente desaparecem por conta própria. — Ela
aperta a mão em um punho e solta, apertando novamente.
Eu não tenho certeza do que dizer. Mamãe é forte.
Ela nunca fica doente, e nas poucas vezes em que ficou, ela raramente reclamou
e nunca teve tempo para descansar. Ela delegava poderes através dela até ficar
melhor. Ela estar visivelmente com dor não é um bom sinal. Ela deve realmente
estar doente.
— Você deveria ver um médico? — Eu pergunto.
Ela acena a mão. — É só uma dor de cabeça.
— O que há de errado com a sua mão, então?
— Eu não sei. Ela só... parece dormente. Está tudo
bem agora.
Estamos em casa neste momento, e ela para o BMW na
garagem e está fora de sua porta e entra em casa antes mesmo de eu puxar minha
mochila fora do banco de trás. Eu olho papai enquanto passo por seu escritório
quando faço meu caminho para as escadas. Depois que eu tomei banho, eu vou até
a cozinha, esperando encontrar mamãe fazendo o jantar, mas a cozinha está
vazia.
Papai ainda está em seu estudo, teclando em seu
computador, preparando o sermão de domingo.
— Onde está a mamãe? — pergunto.
Ele olha por cima do aro dos óculos de leitura. —
Ela está deitada. Ela tem uma enxaqueca, eu acho.
— Ela está bem? Ela disse que anda tendo dores de
cabeça.
Ele se inclina para trás em sua cadeira. — Eu sei.
Se não parar logo, vou levá-la para ver um médico para saber, ela querendo ou
não.
— Vou fazer o jantar, então.
— Obrigado, Bella. Quando você terminar, veja se
sua mãe quer alguma coisa. Ela pode não querer. — Ele se volta para o
computador. — Eu vou comer aqui.
Eu vou para a cozinha e começo a fazer o jantar.
Eu não sou tão extravagante como cozinheira como mamãe, mas posso fazer alguns
bons pratos. Eu remexo na geladeira e vejo que ela reuniu os ingredientes para
fazer frango *cordon bleu, assim eu faço isso, levando para papai seu prato e
uma lata de *Diet Coke. Eu vou para cima para ver como minha mãe está, mas ela
está dormindo com as cortinas fechadas contra a luz da noite. Mesmo durante o
sono, a testa está enrugada com dor.
Eu fico preocupada, mas eu a afasto. Deixo o prato
de comida no caso dela querer isso mais tarde, levando meu prato e Coca-Cola
para o meu quarto para comer enquanto termino o dever de casa. Exceto as dores
de cabeça de mamãe, a vida é boa.
Então, por que eu sinto uma sensação de mal-estar?
* upload - máquina do
usuário envia algum conteúdo para o “server” na internet, é chamado de
* pas de chat - um salto de
balé de um pé para o outro, em que os pés são elaboradas e os joelhos dobrados,
de modo que as pernas formam um diamante;
* Cordon
Bleu - é um dos pratos mais tradicionais da culinária francesa;
*Diet Coke
- chamada Coca-Cola Light;
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