Robert Pattinson tem algo pelo que sorrir no seu drama 'Good Time'
Há pouco mais de 10 anos atrás, conheci Robert Pattinson nas ruas de Portland, Ore., no set do primeiro filme de “Twilight”. Ele ainda mal era uma celebridade, apenas um ator britânico discreto, aparentemente feliz ao gravar uma entrevista com um jornalista aleatório visitando o set durante uma pausa longa para fumar.
Naquela altura, ele era pouco reconhecível por um papel pequeno num dos filmes de “Harry Potter”, mas, como todos os outros envolvidos com a produção, ele não fazia ideia de que “Twilight”, o filme de romance de terror jovem adulto que ele estava a filmar na altura, o catapultasse para o estrelato. Ao longo dos anos, os nossos caminhos cruzaram novamente para um filme ou outro, mas ele nunca pareceu tão confortável em discutir o seu trabalho. Esse Pattinson pode ter desaparecido.
O Robert Pattinson que se sentou para falar sobre o seu aclamado desempenho em “Good Time” de Joshua e Benny Safdie está cheio de risos e tem um sorriso constante e genuíno no rosto durante a maior parte da nossa entrevista. Quando eu mencionei o seu comportamento aparentemente novo, Pattinson insiste que é devido ao seu amor genuíno pelo thriller do crime e que é “bom quando as outras pessoas gostam tanto a ponto de falarem sobre isso.”
Pattinson nota, “e também porque isso me parece um pouco diferente. Sei como falar mais sobre isso. Eu também sou muito próximo dos realizadores. Investi muito mais em toda a jornada do filme em si.”
Sentados para conversar em Savannah, Ga., onde ele mais tarde aceitou uma homenagem no Savannah Film Festival, Pattinson relembra como os irmãos Safdie lhe mandavam ideias sobre o personagem enquanto ele estava fora do país a filmar “The Lost City of Z.” de James Gray.
“Cada rascunho do roteiro era um filme completamente diferente,” diz Pattinson. “O primeiro era comigo e com o [ator] Buddy Duress a sermos irmãos e comigo a sair da prisão. Ele fazia parte de uma aula de representação e eu entrei na aula e havia próteses, foi assim que roubámos um banco. Era completamente diferente e com muito mais comédia. Até isso foi ótimo quando o vi pela primeira vez. Depois, veio o segundo rascunho e houve uma troca de corpos e tudo isso e eu fiquei tipo, "O quê?". Era completamente diferente.”
“Good Time” acabou por se concentrar em Connie (Pattinson), um criminoso não muito inteligente e de baixo nível que recruta o seu irmão mentalmente instável Nick (Benny Safdie) para assaltar um banco de Nova Iorque. Quando as coisas correm mal Nick é preso, e Connie fica obcecado por fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que Nick saia sob fiança.
O estilo e o tom dos irmãos Safdie foram comparados com o início de Martin Scorsese e Pattinson tansformou-se para a sua visão. Antes de chegar no set, o ator de agora 31 anos perdeu cerca de 15 quilos enquanto filmava “Lost City” para dar a Connie o físico que sugerisse que ele poderia ser um drogado.
“Eu queria estar realmente magro para este [filme] e quando estás na selva é realmente fácil passar fome e quando chegas a Nova Iorque tudo o que queria é comer pizza o tempo inteiro,” diz Pattinson “Lembro-me que quando fui para Nova Iorque tudo o que comia era atum, pequenos cachas de atum, atum e papa de aveia.”
Acrescenta, “Tudo o que tentas e descobres, permite-te entregares-te mais. Para mim, papéis como este, são papéis de fantasia. Penso no Connie como um cara legal e foi divertido fazê-lo. Acho que é mais difícil, especialmente quando se parece contigo mesmo.”
Ao contrário dos outros papéis que teve ao longo da carreira, Pattinson também tentou 'vagamente' manter-se no papel já que muitos dos seus colegas de elenco estavam a interpretar versões deles mesmos, na tela. (“É estranho ser chamado e tipo 'Oh, estás a fazer um papel. És mesmo de Inglaterra.”) Isso significava dirigir-se diretamente para casa logo após as filmagens e andar pelos cantos para não ser reconhecido, e evitar restaurantes familiares na cidade.
“Houve algumas cenas em que quis mesmo fazer parecer que fazia parte de um elenco de rua.” diz Pattinson. “Depois de um tempo as pessoas começaram a esquecer-se que eu não sou mesmo de lá. [Os irmãos Safdie diriam,] 'Hey, apenas faz a tua cena [coisa]' e eu tipo 'Não tenho uma cena!'”
Pattinson ganhou elogios substanciais antes de “Good Time” com papéis em "The Rover" e "Lost City", acima mencionado, mas nunca se encontrou numa posição tão invejável durante a temporada dos Oscars.
“É de loucos que quando algo é bem recebido isso abre quase todas estas portas de loucos,” diz Pattinson “Mesmo depois de fazer isto. Terminei este trabalho com Claire Denis. É diferente ir para um trabalho quando as pessoas te conhecem de outra maneira. Pode até ser real. Pode estar na tua cabeça. 'Sou mais legitimo agora.' Não consegues dizer se isso está relacionado com a idade ou não. Se é das boas críticas, se faz dinheiro, tu apenas queres encontrar algo mais para poderes melhorar.”
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O estilo e o tom dos irmãos Safdie foram comparados com o início de Martin Scorsese e Pattinson tansformou-se para a sua visão. Antes de chegar no set, o ator de agora 31 anos perdeu cerca de 15 quilos enquanto filmava “Lost City” para dar a Connie o físico que sugerisse que ele poderia ser um drogado.
“Eu queria estar realmente magro para este [filme] e quando estás na selva é realmente fácil passar fome e quando chegas a Nova Iorque tudo o que queria é comer pizza o tempo inteiro,” diz Pattinson “Lembro-me que quando fui para Nova Iorque tudo o que comia era atum, pequenos cachas de atum, atum e papa de aveia.”
Acrescenta, “Tudo o que tentas e descobres, permite-te entregares-te mais. Para mim, papéis como este, são papéis de fantasia. Penso no Connie como um cara legal e foi divertido fazê-lo. Acho que é mais difícil, especialmente quando se parece contigo mesmo.”
Ao contrário dos outros papéis que teve ao longo da carreira, Pattinson também tentou 'vagamente' manter-se no papel já que muitos dos seus colegas de elenco estavam a interpretar versões deles mesmos, na tela. (“É estranho ser chamado e tipo 'Oh, estás a fazer um papel. És mesmo de Inglaterra.”) Isso significava dirigir-se diretamente para casa logo após as filmagens e andar pelos cantos para não ser reconhecido, e evitar restaurantes familiares na cidade.
“Houve algumas cenas em que quis mesmo fazer parecer que fazia parte de um elenco de rua.” diz Pattinson. “Depois de um tempo as pessoas começaram a esquecer-se que eu não sou mesmo de lá. [Os irmãos Safdie diriam,] 'Hey, apenas faz a tua cena [coisa]' e eu tipo 'Não tenho uma cena!'”
Pattinson ganhou elogios substanciais antes de “Good Time” com papéis em "The Rover" e "Lost City", acima mencionado, mas nunca se encontrou numa posição tão invejável durante a temporada dos Oscars.
“É de loucos que quando algo é bem recebido isso abre quase todas estas portas de loucos,” diz Pattinson “Mesmo depois de fazer isto. Terminei este trabalho com Claire Denis. É diferente ir para um trabalho quando as pessoas te conhecem de outra maneira. Pode até ser real. Pode estar na tua cabeça. 'Sou mais legitimo agora.' Não consegues dizer se isso está relacionado com a idade ou não. Se é das boas críticas, se faz dinheiro, tu apenas queres encontrar algo mais para poderes melhorar.”
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